Grêmio Olimpo, sempre conectado a realidade do IFBa

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Greve, Reflexão

A greve que era tanto temida se materializou e a educação pública que é destruída toma formas mais assustadoras no que se refere à falta de qualidade. Imagino que nesse cenário reclamar da greve ou do governo não adianta muita coisa. Segundo o que estudamos um cenário só se formou após ocorrida uma revolução, onde as pessoas sentiam na pele o papel que tinham perante a sociedade como cidadãos e o levavam de forma muito séria.

O direito a voto que se estende ao povo brasileiro é algo que constrói uma ideia falsa que podemos decidir pelo nosso futuro. Mas que decisão é essa, se depois que colocamos uma determinada pessoa no poder não podemos participar diretamente das atitudes que esta tomará? Que democracia fingida é essa, que diz para a gente que temos que escolher o pior dentre os piores? Que transparência é essa que fala para o povo que não mostrará os gastos de certas iniciativas como a Olimpíada e a Copa? Por falar em Copa, como responder que o país tem dinheiro para a Copa e não tem para uma educação de qualidade? Como admitir que o governo é para o povo se o próprio governo corta 50 bilhões dos serviços públicos e investe nas iniciativas privadas com o dinheiro da população? Como entender um programa que expande a educação se há o corte de 3,1 bilhão da educação pública e paralelo a isso um projeto que congela o salário dos servidores federias de ensino? Como concordar com um programa de "crescimento" se o mesmo constrói uma usina no coração do Brasil, relocando grupos INDÍGENAS da região e acabando com tudo o que há no raio de 516Km²? Como falar em igualdade e paz num Brasil onde pessoas morrem todo dia por serem vítimas se uma sociedade desigual? Como achar que tudo está bem e ver que os políticos aumentam seus salários e além disso roubam descaradamente e ainda não são punidos? Como falar num país respeitador se o governantes aprovam um código florestal que anistia os que desmataram de forma ilegal até 2008 e descriminaliza de forma absurda o desmatamento? Como falar em democracia se existe políticos ganhando e roubando valores absurdos enquanto existe mendigos e famílias onde as crianças têm que catar comida em lixões? Que paz é essa, onde você vê uma taxa de mortalidade maior do que os países em guerra? Que vida boa é essa? Que país é esse?

Agora vejo neste texto várias interrogações e estas não existem de forma aleatória, na verdade expressam todas as perguntas carregadas de indignação e revolta que faço todos os dias. Falo dessa forma sobre o governo de consciência limpa, pois não é um assunto que levanto influenciado por nenhuma entidade ou partido político. É um discurso influenciado pela revolta que tenho desse sistema impiedoso que faz vítimas a todo o momento, seja de forma física ou mental. A vítima mental que digo é aquela que sofre, por tal sistema fazê-la acreditar que está tudo bem, ou então mesmo que saiba que não está bem tal pessoa entende que lutar não levará a lugar algum.

Ter mídias que levam a nós apenas ideias ilusórias do mundo, futilidades, informações distorcidas e coisas vãs; uma polícia que inibe aos que têm cede de revolução; um sistema que nos faz escravos do capital e um governo que precariza a educação pública não é mera fatalidade. Na verdade isso tudo, são manobras que favorecem o cérebro maior do sistema, o cérebro que tem seu olho voltado apenas para o mercado mundial, o cérebro que na verdade não está nem aí para a base (nós/população) que o sustenta. Quando se recebe ataques diretos, tanto como manobras de alienação dos que vêm de cima, não se pode encarar tais situações como meras fatalidades, temos que encará-las como um golpe prejudicial para a massa que sofre, e lutar para poder resistir a tudo isso.

Com muita indignação, revolta e esperança a mudança espera que mais pessoas venham a tê-la como companheira, para que juntos se sute contra a "máquina". Como disse uma colega (Leide, Camaçari) "O Sistema quer que a gente se desuna" e eu concordo e afirmo que tudo o que o sistema quer é que nós tomemos postura de espectadores e não agentes de nossa história. Diante disso galera convido que vocês venham abraçar e lutar junto com os que lutam e assim conseguir um mundo melhor que tanto almejamos!

Texto extraído do site do grêmio Estudantil Paulo Freire (IFBA - Simões Filho)

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Reivindicaões dos Estudantes do IFBA - Santo Amaro

Através da Assembleia Geral dos Estudantes realizada no dia 26 de julho de 2011 no Campus Santo Amaro e de discussões ocorridas nas salas e nas reuniões de diretoria do grêmio, o Grêmio Estudantil Olimpo (IFBA – Santo Amaro) tem como plano de ação durante os próximos 12 meses:




Ensino:
1. Todo professor ao corrigir uma prova ou trabalho deve indicar por escrito, onde e porque o aluno errou. Vamos respeitar o direito do aluno de analisar os seus erros para corrigi-los.
2. Fim da divulgação das notas dos estudantes em meios públicos, como: IFBASATI, grupos, blogs e outros.
3. Disponibilizar um data show e notebook em todas as salas;
4. Maior controle de ponto dos professores;
5. Um sistema de avaliação que seja discutido com a turma;
6. Ampliação das aulas práticas e equipar melhor os laboratórios;
7. Colocar 01 mês de nivelamento em janeiro para os alunos do 1º ano, onde eles viriam uma revisão de alguns assuntos do ensino fundamental, com base na grade curricular e onde seriam feitas campanhas de conscientização como por exemplo: Quanto a fardamento, conservação da escola, entre outras;
8. Mais interação, entre as disciplinas propedêuticas e técnicas, para que possa diminuir as dificuldades dos alunos e para que uma possa conhecer o plano de disciplina da outra e com isso poderem trabalhar em conjunto;
9. Combate a pressão psicológica feita pelos professores aos alunos;
10. Colocar um técnico por laboratório;
11. Valorizar as atividades extraclasses;
12. Um calendário acadêmico que evite choques entre as provas;
13. Um plano estrutural e organizacional que diminua a repetência e a evasão escolar;
14. Permitir que os estudantes possam participar da organização dos eventos organizados pela Instituição;
15. Criação de um grupo de pesquisa para Eletromecânica e segurança do trabalho;
16. Aumentar as discussões no instituto de temas que causam grande inquietação na sociedade, como: Educação sexual, combate a opressões, bullyng, drogas, entre outros;
17. Maior agilidade do DEPEN e da direção na verificação dos problemas apontados pelos estudantes;
18. Inserção e valorização da cultura local, no ensino de artes;


Gestão:
1. Uma gestão realmente participativa, onde todos os seguimentos da instituição participem das decisões e escolha onde e como será aplicado o dinheiro;
2. Antes de renovar o contrato da cantina a direção deve procurar saber a opinião dos alunos;
3. Incluir os estudantes na comissão de fiscalização dos serviços da cantina. Afinal somos os principais consumidores do serviço;
4. Divulgação da justificativa, finalidade e custos de cada viagem de servidor da instituição;
5. Divulgação da prestação de contas da escola de forma mensal e em murais e no site da Instituição;
6. Permitir que os estudantes participem do SAMARO. Cadê a transparência?
7. Maior apoio da escola quanto as questões envolvendo o transporte escolar;
8. Transparência nas decisões tomadas pela direção;
9. Implementar medidas para ampliar a sustentabilidade no campus, como: um sistema de coleta seletiva;
10. Ampliação da cota de xérox do grêmio, para que possa atender melhor a necessidade dos estudantes;
11. Divulgação das atas das reuniões de diretória;
12. Maior acesso aos laboratórios da instituição;
13. Melhoria das ações da politica de estágio da instituição;
14. Implantação de um curso de manutenção para os estudantes do curso Técnico em Informática e Licenciatura da Computação, já no 1º ano;
15. Maior interação entre o IFBA a e comunidade;
16. Implantação de um núcleo de inovação tecnológica no campus;
17. Implantação de um politica de empreendedorismo, com ações como: Empresa júnior e outros;
Estrutura:
1. Melhorar a segurança no campus. Câmeras que gravem, um sistema de identificação de todos que entram no Instituto e muro por todo o campus;
2. Um SMO que funcione nos três turnos e que tenha equipamentos, remédios, médico, enfermeiro e dentista;
3. Colocação de mesas para notebook nos laboratórios e salas de aula;
4. Disponibilização de mais um bebedouro no pavilhão administrativo;
5. Disponibilizar mais espaços de convivência no campus;
6. Ampliar a acessibilidade dos alunos portadores de deficiência física;
7. Melhoria na estrutura física da escola;
8. Ampliação do GIA;
9. Cadê a merenda escolar para o ensino médio no campus?
10. Bandejão já!

Assistência Estudantil
1. Uma Assistência Estudantil que realmente atenda as necessidades dos estudantes do campus
2. Ampliação do numero de bolsas do PAE;


sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Reunião dos estudantes com os servidores e a direção.

Atenção alunos do campus Santo Amaro

Estamos passando por um momento de grande importância para o nosso instituto, onde os servidores e os estudantes estão em greve para reivindicar melhorias.

Não podemos paralisar as nossas atividades de mobilização, por isso convido a todos para participarem de uma reunião no dia 10 de Agosto às 08:00 horas no próprio campus com os servidores e a direção do campus, onde serão discutidas as nossas reivindicações. Saliento que é de extrema importância a participação maciça dos estudantes do campus, pois esse é o momento aonde iremos realmente reivindicar junto à esses servidores as nossas pautas, por isso peço que todos participem dessa importante reunião.

Peço também a todos que convidem os pais e responsáveis para participarem para que eles também fiquem cientes de tudo que está ocorrendo.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Carta de Lançamento da Campanha Nacional dos 10% do PIB para a Educação

Por que aplicar já 10% do PIB nacional na Educação Pública?

A educação é um direito fundamental de todas as pessoas. Possibilita maior protagonismo no campo da cultura, da arte, da ciência e da tecnologia, fomenta a imaginação criadora e, por isso, amplia a consciência social comprometida com as transformações sociais em prol de uma sociedade justa e igualitária. Por isso, a luta dos trabalhadores na constituinte buscou assegurá-la como “direito de todos e dever do Estado”.

No entanto, o Estado brasileiro, por expressar os interesses dos ‘donos do poder’, não cumpre sua obrigação Constitucional. O Brasil ostenta nesse início de século XXI, se comparado com outros países, incluindo vizinhos de América Latina, uma situação educacional inaceitável: mais de 14 milhões de analfabetos totais e 29,5 milhões de analfabetos funcionais (PNAD/2009/IBGE) – cerca de um quarto da população – alijada de escolarização mínima. Esses analfabetos são basicamente provenientes de famílias de trabalhadores do campo e da cidade, notadamente negros e demais segmentos hiperexplorados da sociedade. As escolas públicas – da educação básica e superior – estão sucateadas, os trabalhadores da educação sofrem inaceitável arrocho salarial e a assistência estudantil é localizada e pífia.

Há mais de dez anos os setores organizados ligados à educação formularam o Plano Nacional de Educação – Proposta da Sociedade Brasileira (II Congresso Nacional de Educação, II Coned, Belo Horizonte/MG, 1997). Neste Plano, professores, entidades acadêmicas, sindicatos, movimentos sociais, estudantes elaboraram um cuidadoso diagnóstico da situação da educação brasileira, indicando metas concretas para a real universalização do direito de todos à educação, mas, para isso, seria necessário um mínimo de investimento público da ordem de 10% do PIB nacional. Naquele momento o Congresso Nacional aprovou 7% e, mesmo assim, este percentual foi vetado pelo governo de então, veto mantido pelo governo Lula da Silva. Hoje o Brasil aplica menos de 5% do PIB nacional em Educação. Desde então já se passaram 14 anos e a proposta de Plano Nacional de Educação em debate no Congresso Nacional define a meta de atingir 7% do PIB na Educação em … 2020!!!

O argumento do Ministro da Educação, em recente audiência na Câmara dos Deputados, foi o de que não há recursos para avançar mais do que isso. Essa resposta não pode ser aceita. Investir desde já 10% do PIB na educação implicaria em um aumento dos gastos do governo na área em torno de 140 bilhões de reais. O Tribunal de Contas da União acaba de informar que só no ano de 2010 o governo repassou aos grupos empresariais 144 bilhões de reais na forma de isenções e incentivos fiscais. Mais de 40 bilhões estão prometidos para as obras da Copa e Olimpíadas. O Orçamento da União de 2011 prevê 950 bilhões de reais para pagamento de juros e amortização das dívidas externa e interna (apenas entre 1º de janeiro e 17 de junho deste ano já foram gastos pelo governo 364 bilhões de reais para este fim). O problema não é falta de verbas públicas. É preciso rever as prioridades dos gastos estatais em prol dos direitos sociais universais.

Por esta razão estamos propondo a todas as organizações dos trabalhadores, a todos os setores sociais organizados, a todos(as) os(as) interessados(as) em fazer avançar a educação no Brasil, a que somemos força na realização de uma ampla campanha nacional em defesa da aplicação imediata de 10% do PIB nacional na educação pública. Assim poderíamos levar este debate a cada local de trabalho, a cada escola, a cada cidade e comunidade deste país, debater o tema com a população. Nossa proposta é, inclusive, promover um plebiscito popular (poderia ser em novembro deste ano), para que a população possa se posicionar. E dessa forma aumentar a pressão sobre as autoridades a quem cabe decidir sobre esta questão.

Convidamos as entidades e os setores interessados que discutam e definam posição sobre esta proposta. A idéia é que façamos uma reunião de entidades em Brasília (dia 21 de julho, na sede do Andes/SN). A agenda da reunião está aberta à participação de todos para que possamos construir juntos um grande movimento em prol da aplicação de 10% do PIB na educação pública, consensuando os eixos e a metodologia de construção da Campanha.

Junho de 2011.

ABEPSS, ANDES-SN, ANEL, CALET-UnB, CFESS, COLETIVO VAMOS À LUTA, CSP-CONLUTAS, CSP-CONLUTAS/DF, CSP-CONLUTAS/SP, DCE-UnB, DCE-UFRJ, DCE-UFF, ENECOS, ENESSO, EXNEL, FENED, MST, MTL, MTST/DF, MUST, OPOSIÇÃO ALTERNATIVA, CSP-CONLUTAS/RN, PRODAMOINHO, SEPE/RJ, SINASEFE, SINDREDE/BH, UNIDOS PRÁ LUTAR.

Estudantes do IFBA saem as ruas para reivindicar melhorias!



No dia 29 de Julho de 2011, estudantes de 05(cinco) campi do IFBA, realizaram em suas respectivas cidades atos nas ruas, em defesa da qualidade da educação no instituto, dos 10% do PIB para a educação, contra o novo código florestal e a usina de Belo Monte e em apoio à greve dos servidores públicos federais.
Os estudantes de Salvador uniram-se aos estudantes de Simões Filho e Camaçari e saíram em passeata rumo a Reitoria do IFBA tendo as mãos cartazes e gritando palavras de ordem. Na reitoria os estudantes reuniram-se ao pró-reitor de ensino, onde os estudantes apresentaram a lista de reivindicações e marcaram uma nova reunião no dia 1º com a presença da reitora prof.ª Aurina.
Também em Barreiras os estudantes também saíram do campus, com cartazes, apitos e ecoando as suas reivindicações por toda a cidade.
Em Santo Amaro os estudantes saíram em passeata do IFBA pela manhã, rumo à praça do Rosário, de onde seguiram para a prefeitura da cidade. No local os estudantes foram recebidos pelo prefeito Ricardo machado e secretários municipais, na oportunidade os estudantes reivindicaram o transporte escolar e colocaram em pauta outros assuntos, como por exemplo, qualidade da educação no município e a merenda escolar. Durante a tarde os estudantes participaram de uma reunião com a reitora do IFBA, o diretor do campus e os outros servidores, foram tratados assuntos, como a eleição para a direção do campus e o chumbo na cidade, os estudantes também aproveitaram para entregar as listas de reivindicações do campus e do instituto e para pedi uma nova reunião entre a reitora Aurina e a executiva da UEES – IFBA.